Pró-Reitoria de Pós-Graduação

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Press Release - Teses e Dissertações

Dados fornecidos pelos egressos da pós-graduação.

Regularização Fundiária Urbana no Vale do Ribeira (SP): entre a norma e o território

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 30 Outubro 2025

Nome Completo:

Thais Molon Grotti

Unidade da USP:

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design

Programa de Pós-Graduação:

Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Nível:

Mestrado

Resumo:

Estudos acadêmicos elaborados nas últimas décadas apontam que as categorias rural e urbano seriam insuficientes para representar o território brasileiro, tão plural e tão diverso. O Vale do Ribeira ilustra bem essa situação: sua história, combinada às características de seu meio físico, resultaram em uma ocupação que não se parece ao "urbano industrial e de serviços" e nem ao "rural agrícola". Apesar disso, é comum que as políticas propostas para a região sigam o padrão rural ou urbano, sem se adequar às particularidades de seu território. Nesse contexto, a dissertação analisa a implementação da Regularização Fundiária Urbana de Interesse Social (Reurb-S) aos ditos núcleos urbanos do Vale do Ribeira. A Reurb-S no Vale do Ribeira foi proposta pelo governo estadual por meio do Programa Vale do Futuro, colocada em prática pelo Programa Cidade Legal, e seguiu os regramentos da Lei Federal nº 13.465/17. A dissertação verificou que a Reurb-S foi insuficiente para o Vale do Ribeira em diversos aspectos: no jurídico, no ambiental e, principalmente, no urbanístico. As características históricas e sociais da região também ficaram em segundo plano durante a aplicação da Reurb. A dissertação foi elaborada a partir de uma revisão da bibliografia sobre temas como o Vale do Ribeira, a Regularização Fundiária Urbana e a atuação dos programas estaduais Vale do Futuro e Cidade Legal. Além disso, também se apoiou em três estudos de caso que, em conjunto com a revisão bibliográfica, analisaram a desconexão entre o território não-urbano do Vale do Ribeira e as normas e programas tipicamente urbanos que foram aplicados ali.

Metamodelo Não Linear Baseado Em Mef Para Análise De Segurança De Portas De Pavimento De Elevadores

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 30 Outubro 2025

Nome Completo:

Pietro Panegassi Picchiotti

Unidade da USP:

Escola Politécnica

Programa de Pós-Graduação:

PPGEM

Nível:

Mestrado

Resumo:

Você sabia que portas de elevadores podem se soltar do trilho inferior caso sofram impactos? Esse tipo de acidente já causou ferimentos graves e até mortes. A minha pesquisa busca reduzir esse risco, tornando os elevadores mais seguros para todos. Hoje, os testes exigidos pelas normas são caros e demorados, pois dependem de ensaios físicos. Para mudar isso, desenvolvi um modelo virtual capaz de simular com precisão o comportamento das portas em situações de impacto. Com essa tecnologia, é possível gerar dados confiáveis economizando tempo e recursos. Além disso, usei inteligência artificial para analisar os resultados e identificar os cenários mais perigosos. O modelo conseguiu prever corretamente 80% dos casos, sem gerar falsos positivos — ou seja, sempre priorizando a segurança. Descobrimos também que a probabilidade de falha aumenta quando o impacto ocorre próximo ao chão, o que levanta uma discussão importante: será que as normas atuais são suficientes para garantir a proteção dos usuários? Essa abordagem não beneficia apenas a indústria de elevadores. O conceito pode ser aplicado em outras áreas da engenharia, ajudando a projetar produtos mais seguros e eficientes sem depender de testes físicos caros. Em resumo, meu trabalho contribui para uma sociedade mais segura, reduzindo custos e acelerando inovações que protegem vidas.

Dramaturgias Híbridas: Desmontagens Ecológicas

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 30 Outubro 2025

Nome Completo:

Pedro Guilherme Nicolau de Andrade

Unidade da USP:

Escola de Comunicações e Artes

Programa de Pós-Graduação:

PPGAC

Nível:

Mestrado

Resumo:

A dissertação "Dramaturgias Híbridas: Desmontagens Ecológicas" foi pensada a partir de uma busca pessoal como artista sobre qual tipo de teatro, sua forma, seu conteúdo e pensamento seria condizente frente às mudanças sociais, políticas, econômicas, ambientais enfrentadas pelo mundo após a emergência sanitária da Covid-19. O trabalho parte de uma experiência artística dentro de um projeto chamado "O Amor e a Peste", que realizei em parceria com a artista Flavia Couto, entre os anos de 2019 e 2021, perpassando todo o período de reclusão que enfrentamos como sociedade por conta da nova doença. Esse projeto foi inspirado no encontro amoroso e artístico entre Anais Nin e Antonin Artaud e, para criarmos pontes entre o que nos interessava do universo deles e o público, utilizamos o que estou chamando no trabalho de contradispositivo de desmontagem teatral, que nada mais é do que explicar porque escolhemos uma cena e de que forma pensamos sobre ela, na busca de esclarecer os sentidos da criação artística. Então, fomos inserindo essas cenas de desmontagem que iriam explicando nossos anseios, dúvidas, questionamentos frente à própria obra que era apresentada, o que nos levava também a relacioná-la com o mundo ao nosso redor, com o contexto político e social em que estávamos envolvidos. Relacionamos o pensamento de Artaud e Anais, ao nosso no confinamento em que vivíamos, assim como o contexto de uma Europa que vivia a ascensão de Hitler em 1933 e o ambiente político de extrema direita no Brasil em 2020 quando era presidido por Jair Bolsonaro. Essa experiência é narrada no trabalho para salientar a possibilidade de formas de escrita que se relacionem com seu entorno, buscando, com isso, se chegar a uma perspectiva ecológica da realidade, onde a dramaturgia possa estar se relacionando e pense a interrelação entre tudo. Assim, as desmontagens são um ponto de partida para pensar dramaturgias que se relacionem explicitamente com o seu contexto e/ou que possam abrir para o público a possibilidade de pensar sobre o contexto em que está inserido aquele trabalho e quem está assistindo. A pesquisa se desenvolve, após falar da experiência teatral já citada, numa reflexão que relaciona o pensamento ecológico com a possibilidade de criar novas formas de escrita que possam desalienar o leitor/espectador da visão de mundo hegemônica difundida pelo capitalismo. Para isso, mergulha nos conceitos de cosmovisão, para pensar no que é englobado ou não, para se contar uma história; sobre a própria questão das formas e como se desalienar delas; pensa sobre como se dá a mistura de linguagens, que chamamos aqui de hibridismo, que seria capaz de ampliar significados e sentidos; reflete sobre a influência da performance no teatro e o que essa noção de acontecimento suscita para a escrita; joga luz à territorialidade de quem conta algo, para desembocar na reflexão sobre o uso das desmontagens da forma proposta.

Hip-hop em transgressão: o protagonismo coletivo de mulheres periféricas no slam de poesia de São Paulo

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 30 Outubro 2025

Nome Completo:

Vanessa Mesquita Dutra

Unidade da USP:

Faculdade de Educação

Programa de Pós-Graduação:

Programa de Pós-graduação em Cultura, Filosofia e História da Educação

Nível:

Mestrado

Resumo:

os "estudos do imaginário" me ensinaram que nossa compreensão de mundo tem base mitológica. no trabalho, procuro mostrar como a mitologia cristã, enfiada goela abaixo com a colonização, influenciou a maneira como as mulheres são vistas dentro da nossa cultura, a saber: de maneira binária. a pesquisa se propõe a investigar tendo como ponto de partida a corporeidade e a história da própria pesquisadora, levando em consideração a epistemologia presente na mitologia afrobrasileira (sem hífen), especialmente na figura de exu (o dono do corpo e da corporeidade) – que foge aos binarismos. o trabalho é contemporâneo às descobertas sobre a existência da figura de exu-mulher e, na pista da mitologia das ruas, passa por imagens arquetípicas, com aproximações entre exu e hermes, ambos deuses da comunicação, que conectam mundos – ambos tricksters. o fato de a exu-mulher (mulher trickster) ter sido interditada com o advento da colonização revela que as mitologias patriarcais não aceitam que mulheres figurem como protagonistas de determinadas narrativas, mesmo a imaginação sendo andrógina, de tal modo que as mulheres que ultrapassam as fronteiras colocadas pela cultura cristã se veem em situação de transgressão. a partir desta investigação, localizamos, com base no conhecimento de rua (ruologia), o poetry slam sudestino como subgênero do rap e como parte e continuidade da cultura hip-hop paulistana, atualmente com o protagonismo coletivo das mulheres, com reverberações, repercussões e transgressões que isso representa. o slam tem um caráter transformativo (trickster), em que a escuta e a fala figuram como elementos formativos centrais; além disso, sustentamos o slam como literatura trickster. salientamos que a história do slam se mistura à história de suas protagonistas, cujas vozes atravessam fronteiras com contribuições materiais, subjetivas e simbólicas de experiências femininas contemporâneas. falamos de uma formação inventiva, em que a mulher trickster educa o olhar e provoca rupturas – em gestos de luta e de acolhimento. sua própria presença em seu corpo-voz no slam é pedagógica: passamos a ver e ouvir o mundo por outras lentes, a imaginar outros possíveis e a escolher, nas bifurcações da estrada, entre caminhos antes invisíveis. exu, princípio do movimento e da dúvida, nos convida a desaprender a certeza e a olhar com os olhos do outro. incorporar exu-mulher à educação é abrir espaço para novas pedagogias, para percursos historicamente negados. bell hooks também ensina: educar é transgredir, é romper a lógica da linha de produção; daí a escrita com letra minúscula, escolha explicada em detalhes no corpo da pesquisa. a transformação social nasce do chão da vida. brota da experiência, do corpo que fala palavra viva. o slam é essa encruzilhada entre estética e política, entre ancestralidade e futuro. nele, a palavra se torna mundo, e a mulher periférica, negra, se faz presente, educativa e poética. nas encruzilhadas da vida, elas apontam novos caminhos, antes invisíveis, e anunciam o futuro com a força da voz que não cala – o que contribui para uma sociedade melhor, com igualdade de direito para todas as pessoas. é, ainda, um exemplo relevante de educação antirracista (que necessariamente precisa considerar o corpo) e que acontece nas ruas.

A Promoção da Saúde do Trabalhador da Educação: Análise dos Contextos de Trabalho e Propostas para um Programa de Saúde nas Escolas da Coordenadoria Regional de Educação de Joinville/SC

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 30 Outubro 2025

Nome Completo:

Adriana Lima Moraes

Unidade da USP:

Instituto de Psicologia

Programa de Pós-Graduação:

Psicologia Social

Nível:

Doutorado

Resumo:

educação da rede estadual de ensino de Santa Catarina e como esses contextos geram desgaste e impactam o processo saúde-doença do trabalhador. A investigação abordou aspectos macrossociais gerenciais, a estrutura organizacional, as políticas educacionais e a organização do trabalho sob a perspectiva de saúde coletiva, avaliando a efetividade das iniciativas de saúde do trabalhador, com foco na Coordenadoria Regional de Educação de Joinville/SC. Utilizando o materialismo histórico-dialético e um estudo de caso, a pesquisa analisou conjunturas abrangentes que influenciam o trabalho na educação em nível macro, concentrando-se depois nos aspectos particulares da realidade, por meio da análise documental, de um estudo epidemiológico sobre os processos de afastamento para tratamento da saúde e de um processo coletivo e participativo fundamentado no Modelo Operário Italiano, com ênfase no conceito de Comunidade Científica Ampliada e no método freiriano Círculo de Cultura. A amostra foi composta por trabalhadores das escolas da área de abrangência da Coordenadoria Regional de Educação de Joinville/SC. Os resultados indicam que a flexibilização e precarização do trabalho nas escolas estaduais, impulsionadas por contrarreformas e mudanças legislativas, fragilizam os vínculos trabalhistas, afetam a qualidade de vida dos educadores e geram desgaste no trabalhador. Além disso, o estudo revelou a influência de blocos neoliberais que defendem modelos gerenciais e de avaliação por desempenho, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Conselho Nacional dos Secretários de Educação e o Movimento Todos pela Educação, contrastando com os movimentos contra-hegemônicos, como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina. A pesquisa também apontou para a perda da capacidade laboral, com altos índices de afastamento por problemas de saúde, principalmente entre professores com mais de 10 anos de trabalho, devido à sobrecarga e condições inadequadas, enquanto a gestão da saúde dos servidores permanece negligenciada. As principais causas de afastamento para tratamento de saúde concentram-se nos Transtornos Mentais e Comportamentais, especialmente os de ansiedade (CID F41.1 e CID F41.2) e de humor (CID F32.1 e CID F32.2). Como recomendação, sugere-se a implementação de uma gestão efetivamente democrática e humanizada, que promova a saúde e o bem-estar dos educadores por meio de ações integradas e metodologias participativas, ouvindo os trabalhadores na elaboração de programas preventivos e promotores de saúde.

Crianças no Bumba meu Boi do Maranhão: culturas infantis, participação e o encontro geracional na festa popular

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 29 Outubro 2025

Nome Completo:

Caroliny Santos Lima

Unidade da USP:

Faculdade de Educação

Programa de Pós-Graduação:

Programa de Pós-graduação em Educação

Nível:

Doutorado

Resumo:

A tese apresenta as incursões realizadas no Bumba Meu Boi Unidos de Santa Fé, reconhecido como uma das mais expressivas manifestações da cultura popular do Maranhão. Reúne majoritariamente adultos, mas também acolhe crianças na brincadeira. A pesquisa teve como objetivo investigar a presença das crianças no complexo cultural do Bumba Meu Boi maranhense, com foco nas dinâmicas geracionais que se entrelaçam nesse espaço, bem como nas formas pelas quais as crianças negociam, compartilham e criam culturas tanto com os adultos quanto com seus pares. O ciclo festivo do Boi é composto por quatro etapas — ensaios, batismo, apresentações públicas (também chamadas de brincadas) e morte — e articula símbolos, rituais e significados que atravessam gerações, constituindo e reconstituindo a história do povo que o realiza. Acompanhar cada uma dessas fases permitiu lançar luz sobre a participação das crianças, identificando quando e onde elas ocupam o espaço da festa e constroem seus próprios territórios. Buscou-se compreender de que modo as crianças se relacionam com o Bumba Meu Boi e, assim, refletir o encontro entre infância e manifestação cultural, com especial atenção à presença infantil em espaços não marcados como infantis — seja como brincantes, seja como espectadoras. A participação das crianças no folguedo é mediada por relações intra e, sobretudo, intergeracionais, o que evidencia tanto a presença ativa da infância quanto as tensões e negociações com o universo adulto. A pesquisa mobilizou a Sociologia da Infância como referencial teórico, destacando as culturas infantis como motor das ações sociais das crianças. As análises revelam que as interações culturais e geracionais, forjadas nas ruas, nos bairros e nos territórios onde vivem e transitam, são centrais para entender sua inserção no Boi. As crianças não apenas participam da festa, mas também produzem culturas infantis próprias, que lhes conferem agência, pertencimento e protagonismo nos modos de viver e celebrar. Concluímos, assim, que as crianças atuam como agentes culturais e sociais na brincadeira, tensionando os limites do adultocentrismo e reafirmando a infância como tempo de potência, criação e participação.

Governança de Sensemaking em Ecossistemas

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 29 Outubro 2025

Nome Completo:

Rafaela Ferreira Maniçoba

Unidade da USP:

Administração

Programa de Pós-Graduação:

PPGA FEA

Nível:

Doutorado

Resumo:

A tese "Governança de Sensemaking em Ecossistemas", investiga como organizações que atuam em ecossistemas de inovação — como os que desenvolveram vacinas, tecnologias digitais e plataformas de delivery — conseguem alinhar múltiplas interpretações e coordenar ações coletivas em contextos complexos e incertos. De forma simples, o estudo mostra que em momentos de crise ou de inovação radical (como a pandemia da Covid-19), diferentes atores — empresas, governo, universidades, startups e a sociedade — interpretam os mesmos fatos de maneiras diversas. Essas múltiplas interpretações podem gerar ruídos, desinformação e decisões desalinhadas, prejudicando a colaboração e o avanço de soluções coletivas. A pesquisa propõe um framework prático de governança de sensemaking, que explica como gestores podem reduzir divergências, ampliar a compreensão mútua e fortalecer a confiança entre os participantes de um ecossistema. Esse modelo identifica quatro mecanismos essenciais: (1) Monitorar interpretações coletivas; (2) Reduzir interpretações coletivas; (3) Ampliar interpretações coletivas; (4) Alinhar interpretações coletivas. Os resultados têm impacto direto na sociedade, pois oferecem caminhos para: Aprimorar a comunicação pública e científica, reduzindo o impacto da desinformação em temas sensíveis (como vacinas e novas tecnologias); Fortalecer ecossistemas de inovação, promovendo colaboração entre universidades, empresas e governo; Tornar políticas públicas e estratégias empresariais mais transparentes e participativas, baseadas em diálogo e confiança; Inspirar lideranças a adotarem práticas de governança colaborativa, capazes de lidar com a complexidade do mundo digital e das crises globais. Em termos práticos, o estudo ajuda a transformar a maneira como organizações e governos se comunicam e tomam decisões em rede, tornando os ecossistemas mais resilientes, éticos e capazes de gerar valor coletivo. Em outras palavras, esta tese contribui para uma sociedade mais conectada, cooperativa e orientada por sentido — não apenas por lucro ou poder, mas por propósito compartilhado.

Noções de favelidade: representações a partir do Museu das Favelas

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 29 Outubro 2025

Nome Completo:

Érika Augusta da Silva

Unidade da USP:

IEB - Instituto de Estudos Brasileiros

Programa de Pós-Graduação:

Programa multidisciplinar de Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras

Nível:

Mestrado

Resumo:

Esta pesquisa reflete sobre representações de identidades comunicadas pelo Museu das Favelas, instituição pública do Governo do Estado de São Paulo. A metodologia é qualitativa, baseada em interpretações historiográficas e observações participantes. Recorrendo especialmente ao final do século 19 e ao decorrer do século 20, analisa o contexto sócio-histórico de urbanização da cidade de São Paulo e explicita como sucessivos projetos de desigualdade e marginalização têm resultado na formação de periferias e favelas paulistanas, territórios constituídos por profundas segregações raciais e econômicas, aspectos dos quais a cultura hip hop se apropriou e sobre os quais tem produzido novos sentidos no imaginário social. No entanto, com populações crescentes e produções culturais diversas, problematiza como as referências desses territórios foram historicamente apartadas dos espaços hegemônicos de salvaguarda de memória, sendo criados, como alternativa, os museus comunitários e iniciativas afins. Consequentemente, também observa como, especialmente nos últimos 20 anos, com a emergência da museologia social no Brasil, ações de Estado têm dedicado alguma atenção à memória, à diversidade e à representação de grupos socialmente marginalizados. Nesse sentido, o Museu das Favelas, criado em 2021 com a missão de garantir protagonismo e salvaguardar memórias das favelas brasileiras, é investigado enquanto espaço que tem investido em pesquisar, expor e comunicar noções de favelidade (expressões sociais e culturais das identidades das populações de favelas) de modo alargado e representativo. Contudo analisa, ainda, como mesmo diante da identificação que alguns grupos têm demonstrado em relação ao Museu, seu vínculo e sua identidade, estabelecidos por meio do seu primeiro endereço, foram abalados devido a uma transferência arbitrária que evocou, em parte do seu público, o trauma coletivo causado pelas remoções, ações apontadas pela pesquisa como majoritariamente desempenhadas por agentes do poder público, que têm violado sistematicamente espaços para moradia e práticas culturais de pessoas periféricas e faveladas. Analisando sua curta trajetória, os compromissos do Museu das Favelas são evidenciados sobretudo por meio das características das suas equipes de trabalho, de ações que envolvem a escuta e a participação de agentes e organizações da sociedade civil, e dos acervos e discursos que compõem as suas exposições. Especialmente a de longa duração, "Sobre Vivências", e a exposição de média duração "Racionais MC's – O Quinto Elemento", abertas em sua nova localização. Desse modo, embora o estudo considere que as contradições institucionais do Museu das Favelas devam ser ponderadas, também conclui que a instituição tem demonstrado, por meio da sua equipe de trabalho, engajamento no processo de (re)imaginação e valorização da noção de favelidade, por meio de representações política e poeticamente demarcadas.

A ecdise da cigarra: as contribuições do IFBAIANO e da EFASE na formação das juventudes camponesas no semiárido baiano.

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 29 Outubro 2025

Nome Completo:

José Conceição Silva Araujo

Unidade da USP:

FEUSP

Programa de Pós-Graduação:

EDUCAÇÃO

Nível:

Doutorado

Resumo:

ARAUJO, J. C. S. A ecdise da cigarra: as contribuições do IFBAIANO e da EFASE na formação das juventudes camponesas no semiárido baiano. 2025. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2025. Esta tese analisa as contribuições do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBAIANO), campus Senhor do Bonfim, e da Escola Família Agrícola do Sertão (EFASE), uma escola comunitária do município de Monte Santo na formação profissional das juventudes camponesas no semiárido baiano. O objetivo principal foi compreender como essas duas instituições, ambas localizadas no sertão baiano, com projetos pedagógicos distintos, têm contribuído na formação profissional desses jovens, influenciando sua identidade, seus processos catarse (transformação pessoal) e suas perspectivas de futuro. A pesquisa, de abordagem qualitativa, fundamenta-se teoricamente nos conceitos de capital cultural e habitus de Pierre Bourdieu e nos conceitos de catarse e intelectuais orgânicos de Antônio Gramsci. Em sua metodologia foram aplicados questionários a 114 estudantes do terceiro e do quarto ano do Ensino Médio Técnico em Agropecuárias de ambas as escolas, análise de documentos como Projeto Político Pedagógico, Regimentos, Projetos Pedagógicos de Curso, além de entrevistas semiestruturadas com 16 estudantes (escolhidos dentre os 114) também do curso Técnico em Agropecuária das mesmas instituições. Os resultados indicaram que a EFASE, por meio da Pedagogia da Alternância, promove um projeto de campo focado no fortalecimento da identidade camponesa, na criticidade, na agroecologia e na permanência qualificada no território. Seus egressos demonstram maior inclinação para seguir na área da agropecuária e forte consciência política. Em contrapartida, o IFBAIANO apresenta um projeto de caráter mais técnico e "hegemônico", com maior acesso aos jovens urbanos e foco no mercado de trabalho do agronegócio, o que resulta em perspectivas de futuro mais diversificadas e, por vezes, distantes da realidade do campo. Numericamente, no período de dez anos analisados, a EFASE formou mais jovens rurais (544) que o IFBAIANO campus Bonfim (287). Conclui-se que, embora ambas as instituições sejam importantes, o modelo da EFASE contribui de forma mais direta e efetiva para a formação de intelectuais orgânicos e para a afirmação de um projeto de sociedade e de campo alinhados às necessidades e à identidade das juventudes camponesas.

Novidade e tradição em discursos pedagógicos: o que se divulga no Blog dos Colégios

Detalhes
29 Outubro 2025
Última Atualização: 29 Outubro 2025

Nome Completo:

Thais Rosa Viveiros

Unidade da USP:

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação:

Filologia e Língua Portuguesa

Nível:

Doutorado

Resumo:

Este trabalho toma por base um conjunto de 60 textos, publicados no Blog dos Colégios, material disponível no website do jornal "Estadão", mais especificamente, na página de seu caderno especializado em educação. O objetivo desta pesquisa é a identificação dos eventos de linguagem que materializam um discurso sobre uma possibilidade de novidade em blogs sobre educação, ou seja, investigar de que modo uma ideia de novidade em educação – em oposição a uma ideia de tradição em educação – testemunha uma posição enunciativa que procura construir uma imagem de instituição de ensino competente, supostamente à luz das premissas da educação para o século XXI, estipuladas pela UNESCO (UNESCO 1996;2012). Nesta pesquisa, definimos os termos novidade e tradição como registros de duas formações discursivas em relação polêmica no universo do discurso da escola que nomeamos como neoliberal. Nossos resultados apontam para o fato de que esses textos, aparentemente reflexões sobre as questões que permeiam o universo da educação, são, com efeito, peças publicitárias que lidam com uma mercadoria – a educação – projetada para a formação de capital humano no universo do empresariamento do sujeito, ou seja, da formação de sujeitos que se constituem como espécies de "empresas" para atuar na competitividade imposta pelo sistema neoliberal. Conta, nessas peças publicitárias, também o fato de serem apresentadas em um blog sustentado por um certo veículo de comunicação que dá lugar a certas instituições privadas de ensino. Nesse contexto, nossos achados apontam para o fato de que o discurso de uma novidade, em educação, presente nos textos do Blog dos Colégios, indicia a manifestação de um enunciado publicitário que apresenta objeto e objetivos pedagógicos no contexto de uma educação atravessada pela racionalidade neoliberal. Com isso, queremos dizer: os textos do Blog dos Colégios são peças publicitárias que lidam com uma mercadoria – a educação – em que a novidade é tomada em si mesma como valor a ser vendido, como novidade-mercadoria. Com esta pesquisa, pensamos que nossa principal contribuição para a sociedade é que as temáticas da contemporaneidade, no campo da educação, não podem ser lidas por si: nos documentos do Blog dos Colégios, uma série de termos que representam temáticas contemporâneas importantes do campo da educação, como saúde socioemocional, autonomia, empreendedorismo, protagonismo, educação financeira, gameficação, tecnologia, resiliência, flexibilidade, trabalho em grupo, entre outros exemplos, emergem tomados como característicos de uma ideia de novidade e, portanto, tornam-se vendáveis enquanto mercadorias apenas por sua menção. Esse modo de emergência não contribui para um debate produtivo dessas temáticas que não deixam de ser relevantes para a educação contemporânea, mas que, quando atravessados pelo discurso da escola neoliberal, ficam carregados de uma significação que, ao transformar esses conceitos em mercadoria, falseiam uma transparência de sentido que parece simplificar complexos. Responder a problemas complexos com simplificações promove, em última instância, a objetificação de conceitos que, assim corporificados, facilmente se transformam em mercadorias e deixam de ser objetos de reflexão.

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