Branca de Neve em Hollywood: a beleza e a agência da mulher nas adaptações do conto dos irmãos Grimm
Nome Completo:
Anna Catharina de Mendonça Paes
Unidade da USP:
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação:
Letras Estrangeiras e Tradução
Nível:
Mestrado
Resumo:
Este trabalho propõe o estudo de quatro adaptações fílmicas estadunidenses do conto dos irmãos Grimm "Branca de Neve". A pesquisa problematiza e compara como foram retratadas em filme a beleza e a agência da mulher nas adaptações do conto de fadas selecionadas, a saber: "Floresta Negra" (Snow White: A Tale of Terror, 1997) filme dirigido por Michael Cohn, "Espelho, Espelho Meu" (Mirror Mirror, 2012) dirigido por Tarsem Singh, "Branca de Neve e o Caçador" (Snow White and the Huntsman, 2012) dirigido por Rupert Sanders e também o clássico "Branca de Neve e os Sete Anões" (Snow White and the Seven Dwarfs, Disney, 1937). Vale notar que, diferentemente da animação da Disney e do conto escrito pelos irmãos Grimm, os quais são voltados para o público infantil, os três demais filmes foram feitos para o público jovem e adulto. A análise das adaptações é um estudo comparativo crítico descritivo, sendo selecionados trechos do conto "Branca de Neve" (Schneewittchen ou Little Snow White) para analisar como esses trechos correspondem a cenas no formato fílmico e como foi transformada a forma de apresentar a beleza e a agência da mulher ao longo do tempo, partindo do texto escrito para as adaptações fílmicas. Esta pesquisa encontra respaldo teórico nos estudos da adaptação (Hutcheon, 2013; Sanders, 2016) para tecer reflexões sobre semelhanças e diferenças na caracterização das personagens Branca de Neve e Rainha Madrasta em suas diferentes manifestações nas narrativas fílmicas, partindo do conto como texto-fonte. Graças à influência dos movimentos feministas, as princesas e seus atributos puderam ser atualizados, em um contexto cultural em que a beleza ainda é valorizada em excesso, porém há progressos quanto ao aumento da agência expressa pelas mulheres nas adaptações aqui estudadas.